segunda-feira, 18 de outubro de 2010

app store

Eu não vou perder o meu tempo falando aqui o tanto que domingos são chatos, porque né. Mas a minha história começa por aí, pela Grande Falta Do Que Fazer Aos Domingos.  Resolvi abusar de toda a minha pobreza na App Store do iTunes procurando uns apps de graça, e não foi que eu achei um que acabou de me garantir uma vida de muitos abalos e curtições ano que vem?

Eu não sei se você -pessoa que está lendo- sabe, mas em janeiro eu vou pra Holanda e pretendo ficar por uns bons 12 meses. Mas isso não é o que importa nesse momento. O que importa de verdade nesse momento é que eu descobri uma coisa que vai revolucionar a minha vida, um app lindinho que chama Lingopal. Esse tal de Lingopal simplesmente te ensina a paquerar em todos os países e em todas as línguas. São cantadas de pedreiro sem fim! Se liga:

Eu juro, a minha vida nunca foi tão boa.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ela teve um futuro promissor

"Eu venho de uma família de médicos. Meu pai é médico. Minha mãe, ela é médica. Meu irmão, também é médico. Meu outro irmão, advogado.

E eu? Eu tô no camarim costurando um figurino."

terça-feira, 5 de outubro de 2010

coisas que não se deve falar na internet, parte dois

Pedi demissão. Depois de dois meses inteiros usando um uniforme azul calcinha, sentada atrás de um balcão numa cadeira que fodeu a minha coluna, trabalhando oito horas por dia (enquanto as meninas bonitinhas das lojas de roupa trabalhavam 6), ganhando uma miséria (enquanto as meninas muito gatinhas das lojas de roupa ganhavam o dobro) e tendo ouvir desaforo de madame que tem o Amex recusado, eu criei coragem.

Não é muito legal sair falando "graças a deus pedi demissão do meu trabalho escravo" na internet porque NÉ, eu sou cyberstaker e sei muito bem que meu antigo empregador (tanto quando o me futuro empregador) pode estar lendo isso e pensando "poxa que menina mal agradecida, além de tratar mal as madames do Amex recusado ela ainda reclama depois dos dois salários inteiros que a gente pagou pra ela...".

Olha, antigos empregadores: foi muito bacana perder a minha virgindade de carteira de trabalho pra vocês. Foi uma experiência muito enriquecedora aprender como passa um cartão de crédito numa máquina. Foi também muito bacana ter que lidar com mais de 5 mil reais em dinheiro passando pela minha mão todos os dias. Aprendi o valor da organização e da disciplina e também aprendi que, sob situações extremas, aquela pessoa de calça desbotada e regata neon me chamando de princesa no centro da cidade pode acabar virando o meu melhor amigo e confidente. Fiz amigos ótimos e conheci gente que, em outras situações, eu jamais teria conhecido.

Mas é que no final das contas, eu acho que eu sou bonitinha demais, espertinha demais e legal demais pra ser caixa numa livraria. Não só isso. Eu sou inteligente demais pra ganhar alguns míseros mangos e sacrificar 9 horas do meu dia (horário de almoço conta como horário de trabalho sim, porque ninguém descansa dentro do shopping).

E eu gosto muito, muito mesmo, de ficar de pijama.

Eu senti tanta falta dos meus amigos, tanta falta de falar mal de quem estava na festa sábado, vontade de passar a tarde sem pentear o cabelo comendo pipoca e vendo um filme sobre uma gêmea rica e uma gêmea pobre na sessão da tarde..

Aí sábado foi o meu primeiro dia de liberdade. Não ter hora pra acordar é a coisa mais maluca e deliciosa de todos os tempos! Quando chegou o domingo eu nem sabia mais que dia era porque eu tava tão presa à minha agenda de trabalho...

Muito bom poder dormir com a cortina fechada, não ter que acordar com o despertador, poder tomar o café da manhã com o olho meio pregado ainda e voltar pra cama pra ver os episódios novos de HIMYM...  Visitar as amigas, pintar as unhas dos pés e das mãos, hidratar o cabelo, depilar... Tô nova, gente. Sou outra Marcela.

Mas assim... o salário e o cartão Sodexho bem que eram legaizinhos, viu?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

coisas que não se deve falar na internet, parte um

Dizem por aí que é um perigo sair espalhando nas redes sociais que a sua mãe foi passar uma semana num resort com casais gays que não ousam tirar férias durante a temporada de verão e que você tá sozinha em casa.

Bom, vai que um aproveitador, um mau elemento, um sem-caráter, resolve se aproveitar da mocinha sozinha no apartamento com o cachorrinho (e nesses tempos de Google Street View não tá fácil pra ninguém). Né?

Não. Duas viagens da mamãe atrás eu achei um ladrão no meu prédio, sorte que eu não estava sozinha. Menos sorte porque foi no dia do meu aniversário.

De qualquer jeito, não sei o que a minha mãe pensa quando deixa a casa sob os meus cuidados, ainda mais nessas épocas de solteirice (quando eu tinha um namorado eu pelo menos tinha o cuidado de não deixar a calcinha dependurada no chuveiro - eu acho). Eu só arrumo a cama antes de dormir (eu não fico em casa durante o dia pra ver ela bagunçada mesmo), e eu só como o que pode ser descongelado e que não suje pratos.  Acho que foi aí que nasceu o Grande Prolema Das Férias da Mamãe de 2010: deixei a porta do congelador aberta durante uma noite inteira, a cozinha virou um pântano, fingi que nada sabia sobre armazenamento de alimentos perecíveis e congelei de novo as comidas que descongelaram. Nem do sorvete tive dó. O que antes era cremoso e fofinho é agora uma barra de gelo sabor chocolate aguado.

Fique ligado pra ver o que mais eu estrago antes do Grande Retorno da Matriarca.